Sônia Braga e Juliana Paes, as duas Gabrielas.
Assistindo os primeiros capítulos de "Gabriela", percebemos que essa versão é diferente da primeira. Primeiro porque em 1975 as novelas eram bem mais comedidas por causa da censura e também porque não dá para comparar a linguagem televisiva e o ritmo das novelas de hoje com as de 37 anos atrás. Muita coisa mudou, pois numa época em que temos o mundo em nossas mãos com um clique no computador, as novelas precisam acompanhar essas mudanças. Não é necessário ter visto a primeira versão para concluir que essa está mais rápida, não só pelo número menor de capítulos, mas por causa do ritmo exigido pelo público atualmente: acontecimentos rápidos e capítulos mais ágeis. Os capítulos iniciais de "Gabriela" foram exatamente assim.
Walcyr Carrasco apostou em cenas mais ousadas, cheias de sensualidade e violência para chamar a atenção do público para essa nova versão da novela. O primeiro capítulo teve algumas cenas de nudez, com direito a seios de fora de Leona Cavali, a Zarolha e Juliana Paes, a Gabriela, que já protagonizou uma cena forte de sexo no capítulo 1. Essas cenas seriam impensáveis na primeira versão e fazem lembrar um pouco "Xica da Silva" (1996), novela de Carrasco famosa pelas cenas fortes e polêmicas.
Não dá para julgar a novela com tão poucos capítulos exibidos, mas o que vi até agora foi uma boa história, com uma produção impecável e imagens belíssimas que enchem os olhos. Embora essa seja uma nova versão do livro e não caibam comparações com a novela de 1975, é quase impossível não pensar na Gabriela de Sônia Braga, que ainda hoje está no imaginário do público (quem nunca viu a famosa cena da Gabriela pegando a pipa no telhado?), mas Juliana Paes, cuja escolha foi bastante criticada por ela ser mais velha que a personagem de Jorge Amado, está bem no papel e sabe transmitir o ar ingênuo e a sensualidade da personagem com perfeição. Apesar da gratuidade de algumas cenas de nudez e sexo, feitas claramente para levantar a audiência, percebemos que ela se entrega de corpo e alma ao personagem e se esforça o máximo possível para fazer um trabalho bem feito, e está conseguindo. Acho bobagem comparar as duas Gabrielas, pois cada atriz tem sua própria versão da personagem, o importante é manter as características principais descritas por Jorge Amado no livro. Sônia Braga já aprovou a Gabriela de Juliana Paes e acredito que o público também vá aprovar. A cena de Gabriela se banhando na fonte da cidade na frente de todos, foi linda e muito bem dirigida, dígna de figurar desde já entre as cenas mais marcantes dessa nova versão.
Outra que surpreendeu foi Ivete Sangalo. Muitos esperavam que ela fizesse um péssimo trabalho por não ser atriz, mas ela está bem como a cafetina Maria Machadão. É claro que uma atriz veterana seria a escolha perfeita para uma personagem tão importante, mas Ivete aceitou o desafio sem medo e está demonstrando muita segurança e competência no papel.
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Destaque também para Maitê Proença, perfeita como a sofrida Sinhazinha. A belíssima trilha sonora e a abertura inspirada de Hans Donner, que fez um ótimo trabalho mais uma vez, merecem elogios.
Quase todo o elenco da novela está bem, com exceção de alguns atores que ainda não encontraram o tom certo de seus personagens. Marcelo Serrado é um que pelo jeito fará um Tonico Bastos tão chato e caricato como o Crô de "Fina Estampa". Poderiam ter escolhido outro ator, pois depois de um papel tão marcante como foi Crô, o ator tinha que ficar mais tempo afastado da TV até se desligar completamente do personagem. Outra coisa a se lamentar é o horário flexível em que a novela vai ao ar. O primeiro capítulo, exibido depois de "Avenida Brasil", teve a ótima audiência de 30 pontos, mas a partir do segundo, exibido depois das 11, a audiência começou a cair e os capítulos de quarta, exibidos depois do futebol, quase meia-noite, sem dúvida terão queda também. O horário ideal para "Gabriela" seria depois da novela das nove todos os dias, mas teremos que nos acostumar com o horário tardio se quisermos acompanhar a novela.
Resta saber se a novela vai manter o interesse do público e fazer sucesso. Vamos aguardar os próximos capítulos!
Walcyr Carrasco apostou em cenas mais ousadas, cheias de sensualidade e violência para chamar a atenção do público para essa nova versão da novela. O primeiro capítulo teve algumas cenas de nudez, com direito a seios de fora de Leona Cavali, a Zarolha e Juliana Paes, a Gabriela, que já protagonizou uma cena forte de sexo no capítulo 1. Essas cenas seriam impensáveis na primeira versão e fazem lembrar um pouco "Xica da Silva" (1996), novela de Carrasco famosa pelas cenas fortes e polêmicas.
Gabriela linda e sensual em banho na fonte.
Não dá para julgar a novela com tão poucos capítulos exibidos, mas o que vi até agora foi uma boa história, com uma produção impecável e imagens belíssimas que enchem os olhos. Embora essa seja uma nova versão do livro e não caibam comparações com a novela de 1975, é quase impossível não pensar na Gabriela de Sônia Braga, que ainda hoje está no imaginário do público (quem nunca viu a famosa cena da Gabriela pegando a pipa no telhado?), mas Juliana Paes, cuja escolha foi bastante criticada por ela ser mais velha que a personagem de Jorge Amado, está bem no papel e sabe transmitir o ar ingênuo e a sensualidade da personagem com perfeição. Apesar da gratuidade de algumas cenas de nudez e sexo, feitas claramente para levantar a audiência, percebemos que ela se entrega de corpo e alma ao personagem e se esforça o máximo possível para fazer um trabalho bem feito, e está conseguindo. Acho bobagem comparar as duas Gabrielas, pois cada atriz tem sua própria versão da personagem, o importante é manter as características principais descritas por Jorge Amado no livro. Sônia Braga já aprovou a Gabriela de Juliana Paes e acredito que o público também vá aprovar. A cena de Gabriela se banhando na fonte da cidade na frente de todos, foi linda e muito bem dirigida, dígna de figurar desde já entre as cenas mais marcantes dessa nova versão.
Outra que surpreendeu foi Ivete Sangalo. Muitos esperavam que ela fizesse um péssimo trabalho por não ser atriz, mas ela está bem como a cafetina Maria Machadão. É claro que uma atriz veterana seria a escolha perfeita para uma personagem tão importante, mas Ivete aceitou o desafio sem medo e está demonstrando muita segurança e competência no papel.
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Ivete Sangalo é Maria Machadão.
Destaque também para Maitê Proença, perfeita como a sofrida Sinhazinha. A belíssima trilha sonora e a abertura inspirada de Hans Donner, que fez um ótimo trabalho mais uma vez, merecem elogios.
Quase todo o elenco da novela está bem, com exceção de alguns atores que ainda não encontraram o tom certo de seus personagens. Marcelo Serrado é um que pelo jeito fará um Tonico Bastos tão chato e caricato como o Crô de "Fina Estampa". Poderiam ter escolhido outro ator, pois depois de um papel tão marcante como foi Crô, o ator tinha que ficar mais tempo afastado da TV até se desligar completamente do personagem. Outra coisa a se lamentar é o horário flexível em que a novela vai ao ar. O primeiro capítulo, exibido depois de "Avenida Brasil", teve a ótima audiência de 30 pontos, mas a partir do segundo, exibido depois das 11, a audiência começou a cair e os capítulos de quarta, exibidos depois do futebol, quase meia-noite, sem dúvida terão queda também. O horário ideal para "Gabriela" seria depois da novela das nove todos os dias, mas teremos que nos acostumar com o horário tardio se quisermos acompanhar a novela.
Resta saber se a novela vai manter o interesse do público e fazer sucesso. Vamos aguardar os próximos capítulos!
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