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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ENTREVISTA EXCLUSIVA - WALTHER NEGRÃO: "NÃO ME PREOCUPO EM RENOVAR, MAS EM CONTAR UMA BOA HISTÓRIA"


Walther Negrão é um dos ícones da TV brasileira. Sua carreira na televisão começou em 1958, quando fazia figuração em tele-peças. Em 1959 escreveu sua primeira tele-peça e não parou mais. Virou autor de novelas ainda na década de 1960 e começou  a fazer ainda mais sucesso ao escrever com Geraldo Vietri as clássicas novelas "Antonio Maria" (1968) e "Nino, o Italianinho" (1969). Walther está há muitos anos na Globo e já passou por emissoras como Tupi, Record, Bandeirantes e Cultura. Ele é o segundo autor que mais escreveu novelas no Brasil (entre novelas-solo e trabalhos de co-autoria e supervisão foram quase 40) e perde apenas para Ivani Ribeiro. Entre os grandes sucessos de Walther Negrão estão novelas que marcaram a história da TV, como "O primeiro Amor" (1972), "Pão-Pão Beijo-Beijo" (1983), "Livre Para Voar" (1985), "Despedida de Solteiro" (1992) e muitas outras. Atualmente ele escreve "Flor do Caribe", a próxima novela das seis, que estreia em março. Nessa entrevista exclusiva para o blog, Walther relembra alguns momentos de sua vasta carreira, revela que não pretende parar de escrever nunca, elege seus trabalhos preferidos (e um que ele não gostou tanto) e fala, claro, sobre sua nova novela. Me sinto honrado de publicar essa entrevista com esse grande autor e tenho certeza que todos vocês vão gostar muito. Confiram a entrevista:

SUPER TV E MAIS! - Você é jornalista e começou na televisão fazendo pequenas pontas como ator no "Grande Teatro Tupi", em 1958. Como foi a sua trajetória desde a época em que trabalhava como jornalista até chegar à televisão? Era algo que você já planejava?

WALTHER NEGRÃO - Na verdade, eu era figurante na TV Tupi em 1958. Mas fui fazer teatro como ator e conheci algumas pessoas que me deram força: os diretores Ademar Guerra, Antunes Filho e o ator Armando Bogus. Com o apoio deles escrevi minha primeira tele-peça para o grande teatro tupi, que se chamava “Quadro Sem Moldura”. Foi exibida em dezembro de 1959 e dali em diante não parei mais de escrever para TV. Uma curiosidade: nessa minha primeira peça estreou na TV de São Paulo um grande ator e desde então um grande amigo, o Francisco Cuoco!


SUPER TV E MAIS! -  Você colaborou com Geraldo Vietri nas novelas "Antonio Maria" (1968) e "Nino, o Italianinho" (1969). Depois finalizou "A Cabana do Pai Tomás" (1969) e logo depois escreveu "A Próxima Atração" (1970), sua primeira novela-solo na Globo. Você já imaginava que fosse virar autor de novelas? Como foi o convite para escrever novelas?

WALTHER NEGRÃO - Naquela época não existia a figura do “colaborador”, apenas do “parceiro” ou “co-autor”. Não me considero “co-autor” de "Antonio Maria" porque entrei para escrever já no capítulo 30. Mas em “Nino, o Italianinho” participei desde o inicio e me sinto à vontade para dizer que sou também autor da novela. Por meu trabalho em “Antonio Maria”, Sergio Cardoso me pediu para terminar a novela “A Cabana do Pai Tomás” na Globo. Escrevi apenas os últimos 19 capítulos e fui chamado em seguida para fazer “A Próxima Atração”. Escrever novelas foi o meu caminho natural quando elas apareceram e os teleteatros sumiram da TV.


"Antonio Maria" (1968), "Nino, o Italianinho" (1969) e "A Próxima Atração" (1970)

SUPER TV E MAIS! -  Em novelas como "As Três Marias" (1980) e "O Amor é Nosso" (1981), que não eram de sua autoria, você foi chamado para reformulá-las por causa da baixa audiência. É difícil entrar na novela de outros autores e fazer mudanças nas histórias? Quais as principais dificuldades que você teve?

WALTHER NEGRÃO - Desde “A Cabana do Pai Tomás” não parei mais de ser chamado para botar nos trilhos algumas novelas que apresentavam problemas. Usava-se, então, uma expressão americana pra essa função: “play-doctor”. Mas eu preferia me intitular “meia-sola”, numa referência aos sapateiros que fazem reformas. Até que o Chico Anísio me botou um apelido que me honra muito: “Negrão do pastoreio”. Dificuldades nunca encontrei, porque pior do que estava não podia ficar...


"A Cabana do Pai Tomás" (1969), "As Três Marias" (1980) e "O Amor é Nosso" (1981): novelas que contaram com o reforço de Negrão

SUPER TV E MAIS! -  Há muitas diferenças entre escrever uma novela das seis, sete ou das oito? Você, que já escreveu para os três horários tem preferência por algum deles? 

WALTHER NEGRÃO - Minha preferência hoje é pelo horário das seis. E são três as razões pra isso: trabalha-se muito menos porque são mais curtas, a cobrança e a responsabilidade são menores e ganha-se a mesma coisa.

SUPER TV E MAIS! -  "Cavalo de Aço" (1973) foi sua única novela das oito até hoje. As outras foram exibidas nos horários das seis e sete. Você já teve vontade de escrever novamente para esse horário em virtude da facilidade de abordar assuntos polêmicos com mais liberdade?

WALTHER NEGRÃO - Tenho trauma com novela das oito, desde que fiz “Cavalo de Aço”. Apesar de ter sido um sucesso gratificante, sofri muito com a censura da época. Fui obrigado a mudar o rumo da história cinco vezes em função disso. Hoje, talvez por ser um desafio maior, prefiro escrever para as 18 hs.


Tarcísio Meira e Betty Faria em "Cavalo de Aço" (1973)

SUPER TV E MAIS! -  Você é autor de minisséries de sucesso, como "O Sorriso do Lagarto" e "A Casa das Sete Mulheres", com Maria Adelaide Amaral. Pensa em escrever mais minisséries?

WALTHER NEGRÃO - Escrever minisséries é o sonho da maioria dos autores: um produto menor, com grande visibilidade e chance de experimentação. Então, claro que penso em voltar a escrever minissérie.


Minisséries "O Sorriso do Lagarto" (1991) e "A Casa das Sete Mulheres" (2003)

SUPER TV E MAIS! -  Você é um dos autores que mais escreveu telenovelas no Brasil. É difícil depois de tantos anos de carreira continuar se renovando sempre? Já teve vontade de se aposentar alguma vez ou quer continuar escrevendo sempre?

WALTHER NEGRÃO - Dos autores vivos sou mesmo o que mais novelas escreveu. Não me preocupo em renovar, mas em contar uma boa história. E vou continuar escrevendo até quando deixarem. Pra isso me baseio muito no exemplo de meu pai, que se aposentou ainda jovem e morreu pouco tempo depois.


SUPER TV E MAIS! -  Quais são os seus trabalhos preferidos na televisão, os que te deram mais alegria? Há algum com o qual você não tenha ficado plenamente satisfeito?

WALTHER NEGRÃO - Meu trabalho preferido, sem dúvida, é “O Primeiro Amor” (1972), a novela onde surgiram Shazam e Xerife, personagens que depois ganharam um seriado. Tenho carinho especial por “Cinderela 77” (1977), novela em parceira com meu amigo e mestre Chico de Assis, na TV Tupi. Além dessas “O Direito de Amar” (1987), “Pão-Pão, Beijo-Beijo” (1983), “Fera Radical” (1988) e “Top Model” (1989) em parceria com Antonio Calmon, também moram no meu coração. Não gostei de ter feito “Super-Manoela” (1974), na TV Globo. Hoje a citam como sucesso, talvez pelo titulo forte e interessante, no entanto foi um fracasso!


Fotos das novelas "O Primeiro Amor" (1972), "Cinderela 77" (1977)...

..."Super-Manoela" (1974) e "Pão-Pão Beijo-Beijo" (1983)

SUPER TV E MAIS! -  Como você se sentiu quando "Araguaia" foi indicada ao Emmy de melhor novela? Esperava que isso fosse acontecer?

WALTHER NEGRÃO - Me senti surpreso. Quase nunca ganho prêmios, nem mesmo sou indicado para eles. E, desses poucos, o prêmio que mais me honrou foi o de autor-revelação por minha primeira peça, “Quadro Sem Moldura”, de 1959. Um prêmio dado pela jornalista Liba Friedman que me chegou quando eu tinha apenas 18 anos de idade.


"Direito de Amar" (1987), "Fera Radical" (1988)...

..."Top Model" (1989) e "Araguaia" (2010)

SUPER TV E MAIS! -  Como você analisa a sua trajetória de novelista até hoje?

WALTHER NEGRÃO - Analiso como um constante aprendizado. Nem mesmo sei se já sou um novelista pronto. Agora mesmo aprendi muito com o jovem João Emanuel Carneiro ao assistir “Avenida Brasil”. Sua ousadia e sua capacidade de prender o publico são exemplares!

SUPER TV E MAIS! -  Como você define "Flor do Caribe" e quais as suas expectativas para essa nova novela, que estreia em março, no horário das seis?

WALTHER NEGRÃO - A expectativa é muito boa, estou encantado com o elenco, com a direção, com o diretor de fotografia, com a equipe toda. E diria que é uma novela “solar”, com belo visual, grandes atores e muita... muita gente bonita.


Grazi e Henri viverão o casal principal de "Flor do Caribe", próxima novela das seis

SUPER TV E MAIS! - Grazi Massafera e Henri Castelli serão os protagonistas Ester e Cassiano. Você pensou nos dois desde o início para a novela? 

WALTHER NEGRÃO - Sempre que puder pensarei nesses dois. o Henri estava disponível e foi fácil convencê-lo a participar. Já a Grazi, tinha dado à luz sua linda Sofia, achei que ia preferir curtir a filhota. Mas – pra sorte nossa – ela leu a sinopse e aceitou na hora. Muito bom voltar a trabalhar com a Grazi depois do maravilhoso trabalho que ela fez em minha novela “Desejo Proibido” (2007).


Henri Castelli (Cassiano), Grazi Massafera (Ester) e Igor Rickli (o vilão Alberto), gravam cenas da novela em Natal, Rio Grande do Norte

SUPER TV E MAIS! -  Em "Flor do Caribe" Suzana Pires, que participou de "Araguaia" como atriz, fará sua estreia como colaboradora. Como tem sido trabalhar com ela?

WALTHER NEGRÃO - Não gosto da palavra “colaborador”. A equipe cria junto, briga pelo melhor sempre. Estamos em pé de igualdade na hora da criação. E, mesmo sendo nova na área telenovela, Suzana traz uma sólida bagagem de escrevinhadora para teatro e para programas de humor. É a mais animada do time, que conta ainda com Julio Fischer, Vinicius Vianna, Fausto Galvão e Alessandro Marson. cada um, a seu modo, acrescenta muito ao trabalho.

SUPER TV E MAIS! -  Classificação indicativa: ela atrapalha a liberdade de criação dos autores (principalmente numa novela das seis) ou você não enfrenta nenhum tipo de dificuldade com isso?

WALTHER NEGRÃO - Para quem encarou a censura durante tantos anos da ditadura militar, essa classificação é brincadeira de criança.


Negrão e a talentosa atriz e roteirista Suzana Pires, que está na equipe de autores de "Flor do Caribe"

SUPER TV E MAIS! -  Em época de internet e TV por assinatura ficou mais difícil segurar o público em frente à TV? Como você lida com essa questão da audiência?

WALTHER NEGRÃO - Quem escreve novela das seis sempre enfrentou dificuldade de segurar o publico diante da TV. Nesse horário, além dos novos interesses de hoje, sempre encaramos um público flutuante pela casa. Gente que sequer senta para prestar atenção à novela. Este é bem mais difícil de conquistar do que aquele público que janta e relaxa diante da TV enquanto faz a digestão antes de ir pra cama.

SUPER TV E MAIS! -  Muito obrigado pela entrevista, Walther. Para terminar, deixe seu convite para o público ficar de olho em "Flor do Caribe"!

WALTHER NEGRÃO - Que seja: espero vocês, internautas. Espero principalmente pelos seus comentários que sempre nos sinalizam quando estamos acertando ou errando.





quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

ENTREVISTAS: NÍVEA STELMANN E MAURÍCIO MACHADO FALAM SOBRE A PEÇA "BATALHA DE ARROZ NUM RINGUE PARA DOIS"


Nívea Stelmann e Maurício Machado estão em cartaz em São Paulo com a peça "Batalha de Arroz Num Ringue para Dois", de Mauro Rasi, com direção de Jacqueline Laurence. Escrita em 1984, a peça já é um  clássico do teatro brasileiro. A nova montagem também está sendo um grande sucesso, com sessões sempre lotadas. Os atores Nívea Stelmann e Maurício Machado, contam mais um pouco sobre a peça em entrevistas exclusivas para o blog. Confiram:

NÍVEA STELMANN: "NADA MAIS GRATIFICANTE DO QUE ESTAR NO PALCO (...)"


SUPER TV E MAIS!Como tem sido fazer "Batalha de Arroz Num Ringue Para Dois"?

NÍVEA STELMANN - 
Maravilhoso. Casa lotada. Fazer uma peça de Mauro Rasi é um presente pra qualquer ator. Tivemos uma excelente direção de Jacqueline Laurence. Nada mais gratificante do que estar no palco fazendo o que gosta com reconhecimento do público.

SUPER TV E MAIS! - Você e Maurício Machado tem uma longa parceria no teatro. Como é trabalhar com ele?

NÍVEA STELMANNMeu amigo, meu parceiro, excelente ator, uma pessoa de bom caráter que admiro muito. Não poderia ser melhor!

SUPER TV E MAIS! -  Fale um pouco de sua personagem, Ângela.

NÍVEA STELMANN - Ângela, como todas as mulheres, tem todos os momentos. Passa por tudo: submissa, mandona, engraçada, ama o marido e faz tudo pra reconquistá-lo.

SUPER TV E MAIS! - A peça está fazendo grande sucesso no teatro. E quanto à televisão? Você não sabe ainda quando volta às novelas?

NÍVEA STELMANN - Não vou voltar às novelas esse ano. Minha peça vai até dezembro desse ano e tenho filmes pra fazer. Além de lançar meu livro com Lua veiga. Mas sigo contratada da Globo, então respeito quem paga meu salário. Se precisarem de mim dou um jeito de encaixar. Mas não está nos meus planos.

SUPER TV E MAIS! -  Para terminar, deixe seu convite para o público ir prestigiá-los no teatro!

NÍVEA STELMANN - Estamos no Shopping Eldorado em São Paulo de sexta a Domingo. Teatro das Artes. Sexta e sábado, 21:30 e Domingo às 19h até 31 de Março. Esperamos por vocês!!!


MAURÍCIO MACHADO: "(...) QUERO VIAJAR MUITO COM O ESPETÁCULO"



SUPER TV E MAIS! - Na entrevista que deu a meu blog no ano passado você disse que ainda estava escolhendo o texto de uma peça para encenar com Nívea Stelmann. Vocês dois escolheram juntos a peça "Batalha de Arroz Num Ringue Para Dois"?

MAURÍCIO MACHADO - Na verdade, lendo, pesquisando e pensando sobre textos para casal de atores me lembrei desse! Depois casualmente um pesquisador de teatro de Porto Alegre, Luís Francisco Wasilewski, também comentou comigo do texto, e a partir daí fomos buscar os direitos junto à família de Mauro Rasi.

SUPER TV E MAIS! -  "Batalha" é uma das peças de maior sucesso do teatro brasileiro. Como tem sido trabalhar nela?

MAURÍCIO MACHADO - Uma delícia, uma brincadeira e uma honra fazer esse texto que foi escrito pelo Rasi, que é um dos maiores autores do moderno teatro brasileiro, e num texto que foi ainda escrito para e somente para o Falabella, que é esse gênio do humor! Ao mesmo tempo é muito bom poder transitar por uma atuação mais próxima do realismo, mesmo com o deboche, o humor ácido, o escrachado presentes nessa comédia fina e de humor sempre inteligente.

SUPER TV E MAIS! -  Fale um pouco de seu personagem, Nélio.

MAURÍCIO MACHADO - O Nélio, é um homem urbano, que casa com a Ângela meio no acaso ... e a partir daí vivem as loucuras dessa vida a dois, na transformação que essa vida a dois também vai passando ... O publico se diverte e de certa maneira em maior ou menor grau se identifica.

SUPER TV E MAIS! -  A peça fica em cartaz em São Paulo até 31 de março. Depois disso vocês vão excursionar por outras cidades?

MAURÍCIO MACHADO - Sim. O Espetáculo já é um grande sucesso. Tem também uma grande curiosidade de antigas gerações em rever o texto do Rasi, e das novas conhecerem! Está planejada a temporada no Rio, e então, faremos excursão por pelo menos 8 capitais brasileiras; quero viajar muito com o espetáculo; apesar de que viajar é sempre muitíssimo caro para a produção e um trabalho enorme para elenco e equipe. Mas gratificante quando o público comparece, prestigia e recebemos o carinho das pessoas nas cidades.

SUPER TV E MAIS! - Deixe seu convite para o público ir prestigiá-los no teatro!

MAURÍCIO MACHADO - Eu e minha parceira Nívea Stelmann, ao lado de toda a equipe que atuou e trabalha semanalmente no espetáculo, para levar o espetáculo até vocês em 3 apresentações semanais ... Esperamos por vocês, em nossa ‘Batalha ...’, nesse lindo Teatro das Artes, no Shopping Eldorado. Aguardamos todos vocês até 31 de Março em nossa temporada em SP.

BATALHA DE ARROZ NUM RINGUE PARA DOIS: A HISTÓRIA DA PEÇA



Os casamentos sempre inspiraram muitas piadas. A comédia Batalha de Arroz num Ringue para Dois é um exemplo original de que o assunto ainda dá muito pano para manga.

Mauro Rasi (1949 – 2003) abordou o tema despretensiosamente e fez com que seu texto, escrito em 1984, no auge da corrente denominada teatro-besteirol, se tornasse um clássico da comédia nacional e peça emblemática do gênero.

Batalha de arroz... atrai pelo tom de embate que o dramaturgo propõe para a vida a dois, sempre sob a ótica da comédia. O autor extrapola ao máximo os conflitos cotidianos e aposta no humor ligeiro e divide a peça em quatro fases de um casamento. Nesses quatro movimentos, Mauro Rasi, com seu diálogo ágil, fino, preciso e certeiro devassa a intimidade do casal expondo com humor, o nervo central desta relação, certa distorção dos personagens.



No palco, as figuras distorcidas são Nélio (Maurício Machado) e Ângela (Nívea Stelmann), casal que passa por diversas situações e momentos da vida (ou bodas, como define o texto), deixando claras as transformações vividas por cada um e de uma forma bem-humorada das diversas fases do casamento.

Na primeira parte do espetáculo, o público acompanha o casamento dos personagens, para na seqüência acompanhar as aventuras desse divertido casal nessas 4  bodas: Bodas do Ciúme, Bodas da Egolatria, Bodas da Supressão e Bodas da Paixão.



BATALHA DE ARROZ NUM RINGUE PARA DOIS
Teatro das Artes (742 lugares)
Avenida Rebouças, 3970 – Shopping Eldorado, 3º piso
Bilheteria: terças e quartas das 14h às 20h; de quinta a domingo, das 14h até o início do espetáculo. Aceita cartão de débito e crédito. Não aceita cheque.
Informações: (11) 3034-0075
Vendas pela internet: www.ingresso.com e por telefone: 4003-2330

Sexta e Sábado às 21h30 | Domingo às 19h

Ingressos: Sexta e Domingo R$ 60 | Sábado R$ 70

Duração: 70 minutos
Recomendação: 12 anos

Contatos para grupos: PABX - (11) 3885-5056

Estreia dia 11 de janeiro de 2013

Temporada: até 31 de março

Quem mora em São Paulo, não pode perder este espetáculo, onde a diversão está garantida!



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A SUCATEIRA ESTÁ DE VOLTA! RAINHA DA SUCATA NO CANAL VIVA!


A partir desta segunda, 21 de janeiro, um grande sucesso da TV brasileira será reprisada na íntegra no Canal Viva. Exibida originalmente em 179 capítulos no ano de 1990, "Rainha da Sucata" foi a primeira novela de Sílvio de Abreu para o horário das oito. A novela foi escrita em parceria com Alcides Nogueira e José Antônio de Souza e teve direção geral de Jorge Fernando. 

Apesar do início tumultuado, por ter o mesmo estilo cômico das novelas das sete de Sílvio, "Rainha da Sucata" logo encontrou o tom certo, com drama e humor muito bem divididos, e transformou-se numa das novelas de maior sucesso da década de 1990, sendo considerada um clássico das telenovelas brasileiras. 

O elenco é um show à parte, com muitos nomes de peso, entre eles, Tony Ramos, Regina Duarte, Glória Menezes, Antônio Fagundes, Marisa Orth, Cláudia Raia, Aracy Balabanian (com sua inesquecível dona Armênia e o bordão "na chon") e muitos outros. Vamos relembrar a história?

A HISTÓRIA

Tony Ramos e Regina Duarte viveram os protagonistas Edu e Maria do Carmo

Ambientada em São Paulo, a trama de "Rainha da Sucata" retrata o universo dos novos-ricos e da decadente elite paulista contrapondo duas personagens femininas, a emergente Maria do Carmo (Regina Duarte) e a socialite falida Laurinha Figueroa (Glória Menezes). 

Maria do Carmo enriquece com os negócios do pai, o vendedor de ferro-velho Onofre (Lima Duarte), e se torna uma bem-sucedida empresária, mas mantém os hábitos de seu passado humilde. Ela mora com o pai e a mãe, Neiva (Nicette Bruno), no bairro de Santana, na zona norte de São Paulo. Apaixonada por Edu Figueroa (Tony Ramos), que a desprezara e humilhara na juventude, ela decide “comprá-lo”: propõe casar-se com ele para ajudar sua família, de origem tradicional, mas à beira da falência. Edu aceita a proposta, e a emergente, após o casamento, vai morar no casarão dos Figueroa, nos Jardins, sofisticado reduto da cidade. 


Dona Armênia e seus filhos, Adriana (a bailarina da coxa grossa), Caio e Nicinha (a purgante) foram personagens de muito sucesso em "Rainha da Sucata"

Na nova casa, Maria do Carmo passa a viver um pesadelo por causa de Laurinha, madrasta de Edu, que é obcecada pelo enteado e faz tudo para conquistá-lo, não deixando a “sucateira” em paz. Além do mau casamento e da perseguição de Laurinha, a empresária começa a ver seus negócios darem errado por culpa do administrador Renato Maia (Daniel Filho), em quem ela confiava plenamente. Renato, na realidade, é um corrupto que aplica um golpe em Maria do Carmo.  

Informações retiradas do site Memória Globo.

"Rainha da Sucata" teve muitas reviravoltas e muitos personagens inesquecíveis. Dona Armênia, por exemplo, fez tanto sucesso que o autor trouxe a personagem de volta em "Deus Nos Acuda" (1992). A abertura ao som de "Me Chama Que Eu Vou", de Sidney Magal, conquistou os telespectadores. Veja:


Então, já sabem: "Rainha da Sucata" será exibida de segunda à sexta no Viva às 00:15hs, com horário alternativo ao meio-dia. Imperdível!




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

LADO A LADO REAGE E PRESENTEIA O TELESPECTADOR COM ÓTIMAS SEQUÊNCIAS


Desde sua estreia, em setembro do ano passado, "Lado a Lado", dos autores estreantes João Ximenes Braga e Cláudia Lage, é considerada uma boa novela, com uma história interessante e um elenco de qualidade, que está em total sintonia com o texto dos autores. Infelizmente a novela sofreu com a baixa audiência desde o início e ganhou o indesejável título de pior audiência do horário das seis. Muitos são os fatores que podem ter levado a isso: horário de verão, festas de fim de ano, etc. É difícil determinar os motivos que levam uma novela a ser sucesso ou fracasso.

Mas uma coisa que todos que acompanham a novela perceberam desde o início, é que a história tinha um ritmo demasiado lento, com pouco ou nenhum acontecimento em alguns capítulos. Essa falta de acontecimentos, bem como os ganchos fracos e tramas paralelas desinteressantes, fizeram muitos telespectadores reclamarem, mas desde a semana passada "Lado a Lado" reagiu e vem apresentando capítulos movimentados, com ritmo ágil e cheios de revelações. 

Os capítulos dessa quarta e quinta foram os melhores exibidos até agora. Neles, Isabel (Camila Pitanga) finalmente descobriu que seu filho Elias (Cauê Campos) continua vivo e que foi roubado por Constância (Patrícia Pillar) ainda bebê, com a cumplicidade de Berenice (Sheron Menezzes) e Zenaide (Ana Carbatti). O resultado disso foram ótimas cenas onde as atrizes brilharam como nunca. Camila Pitanga e Patrícia Pillar dominaram a novela nas sequências em que a verdade sobre o que aconteceu veio à tona. O desempenho das atrizes nesses momentos decisivos foi literalmente de tirar o fôlego, em cenas perfeitas e impactantes, que finalmente tiraram a novela daquele "chove-não-molha". 

Isabel bateu em Constância...

A cena em que Isabel invade a casa de Constância e dá um super-tapa que a vilã merecia há muito tempo, foi PERFEITA! Outras cenas que já entraram para a galeria de melhores da novela: Isabel fazendo Berenice e Zenaide comerem pimenta para pagar as maldades que fizeram com Elias; Isabel humilhando Constância em público durante um evento beneficente e a cena em que Constância revela toda a verdade para o marido, Assunção (Werner Schunemann). Patrícia Pillar brilhou como nunca! Ela consegue transmitir com perfeição os sentimentos dessa mulher terrível que acha que as maldades que faz estão corretas, tudo em nome da "moral e dos bons costumes". Constância já faz parte da galeria de personagens inesquecíveis dessa grande atriz.

A audiência da novela, como não poderia deixar de ser, com todas essas sequências maravilhosas, também reagiu e desde a semana passada, vem subindo gradativamente. O capítulo dessa quarta bateu recorde de audiência, com 25 pontos. Se a novela continuar com esse ritmo até o seu final, com certeza, a audiência continuará boa.

... E esfregou pimenta sem piedade nos olhos da malvada Berenice

João Ximenes Braga e Cláudia Lage deixaram claro desde o início de "Lado a Lado", que são dois autores muito talentosos. Os dois, que contam com a supervisão do mestre Gilberto Braga, infelizmente se acomodaram um pouco durante a novela, pois poderiam ter mexido mais na história e deixado a novela mais ágil e com mais acontecimentos. Embora pareça que a "Lado a Lado" finalmente tenha melhorado o seu ritmo, pode ser tarde para reverter a média geral baixa, mas sem dúvidas, deixará uma boa lembrança em seus telespectadores. É melhor acertar mesmo que seja já na reta final, do que permanecer com uma novela super-lenta até o fim. "Lado a Lado" merece uma audiência melhor, mas para isso a história também precisa ter mais reviravoltas para manter o público de olho no folhetim. 

Independente de audiência, Cláudia e João merecem outras chances como novelistas, pois assim como Lícia Manzo, de "A Vida da Gente", os dois já deixaram claro que sabem criar boas histórias. Vamos torcer para que "Lado a Lado" mantenha esse ritmo até o fim e que a audiência continue ascendente. Vamos ficar de olho na reta final dessa ótima história!



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

TRILHAS MARCANTES: QUE REI SOU EU?

Hoje na sessão "Trilhas Marcantes", vamos relembrar as trilhas sonoras nacional e internacional de "Que Rei Sou Eu?" (1989), grande sucesso de Cassiano Gabus Mendes, cuja reprise está em sua reta final no Canal Viva.


"QUE REI SOU EU?" NACIONAL



A trilha nacional trazia sucessos de cantores como Fagner (Nossa Luz), Roupa Nova (Chama), Zizi Possi (Renascer) e Sandra de Sá (Bye Bye Tristeza). Veja a lista completa das músicas do disco:

01. Nossa luz – Fagner (Tema de Aline)
02. Chama – Roupa Nova (Tema De Bergeron)
03. Medieval 2 – Léo Jaime (Tema De Crespy)
04. Renascer – Zizi Possi (Tema De Juliette)
05. Espanhola – Kleiton E Kledir (Tema De Loulou Lion)
06. Nunca É Tarde Pra Sonhar – Eddy Benedict (Tema De Charlotte)
07. Cigana – Carla Daniel (Tema De Cozette)
08. Rap Do Rei – Luni (Tema De Abertura)
09. Bye Bye Tristeza – Sandra De Sá (Tema De Suzanne)
10. As Muralhas Do Teu Quarto São Bem Altas, Mas Eu Posso Te Alcançar – Wando (Tema De Lucy)
11. Finge Que Não Falou – Nico Rezende (Tema De Madeleine)
12. A Dama E O Vagabundo – Zé Lourenço (Tema De Pichot)
13. Raça De Heróis – Guilherme Arantes (Tema De Jean Piérre)
14. Flecha – Sagrado Coração Da Terra (Tema Dos Rebeldes)
15. Que Rei Sou Eu? – Eduardo Dusek & Luni (Tema Geral)


"QUE REI SOU EU?" INTERNACIONAL


A trilha internacional não deixou por menos e trazia clássicos de astros como Bangles (Eternal Flame), Carly Simon (Let The River Run), Noel (Like a Child) e Leo Robson (American Bars). Veja a lista de músicas da trilha internacional:

01. Eternal Flame – Bangles (Tema Da Princesa Juliette)
02. How Can I Go On? – Freddie Mercury & Montserrat Caballé (Tema Da Rainha Valentine)
03. Someday We´Ll Be Together (El Camiño) – Santa Fé (Tema De Suzanne)
04. Bamboleo – Gipsy Kings (Tema De Loulou Lion)
05. I´Ll Always Love You – Taylor Dane (Tema De Cozette E Bidet)
06. Les Chemins D´Amour – Matisse (Tema Dos Rebeldes)
07. Orinoco Flow – Enya (Tema De Roland)
08. Especially For You – Kylie Minogue & Jason Donovan (Tema De Madeleine E Bergeron)
09. Like A Child – Noel (Tema De Guarda Real)
10. Let The River Run – Carly Simon (Tema De Jean Piérre)
11. Turn Turn Turn – Her
12. Lil Consant (Tema De Locação De Avilan)
13. American Bars – Leo Robinson (Tema De Crespy)
14. Patience – Guns N´Roses (Tema De Jean Piérre E Aline)

Veja uma prévia de cada música da trilha internacional:


Post com informações do site www.memoriaglobo.com.br