DICAS DA SEMANA: MAIS GABRIELA

Essa semana as dicas de livro e filme estão relacionadas a "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado, que voltou semana passada como novela das onze e está fazendo sucesso de audiência e também nas redes sociais. Confiram:

1 - LIVRO: "GABRIELA, CRAVO E CANELA", de Jorge Amado.

O livro de Jorge Amado, que já deu origem a adaptações na TV, no cinema e no teatro, foi publicado pela primeira vez em 1958, fazendo grande sucesso por unir aquilo sobre o qual Jorge Amado mais gostava de escrever: A Bahia, sua terra querida, abordando aspectos políticos da Ilhéus de 1925 e reunindo muita sensualidade, crítica social e ironia.

A figura da sensual e ingênua Gabriela ocupa um lugar de grande destaque em nossa literatura e ficou ainda mais famosa com as adaptações feitas. Agora com a segunda versão da novela sendo exibida, é a oportunidade perfeita de ler ou reler o livro, narrado de maneira deliciosa e envolvente por Jorge Amado. Quem já leu alguns de seus livros sabe como o autor  reunia de maneira bem habilidosa os mais variados temas e estilos. Seus livros tem um caráter heterogêneo, sem se prender a um só assunto, mas mantendo uma unidade narrativa que os tornam únicos, por aliar tantas coisas diferentes em uma só história e conseguir passar sempre a mensagem que desejava. Da mesma maneira que a linguagem pode ser ácida em alguns momentos, e o erotismo e política estejam quase sempre presentes, pontuando suas obras, ele também usava bastante lirismo e linguagem poética em suas histórias.

"Gabriela, Cravo e Canela" contém todos os elementos citados acima e é um de seus melhores livros. Se você ainda não leu, o momento é esse. Você vai adorar, sem dúvidas.

2 - FILME: GABRIELA, CRAVO E CANELA (1983), direção de Bruno Barreto.

Sônia Braga voltou a interpretar a personagem que a consagrou em 1983, no filme de Bruno Barreto, lançado oito anos depois da primeira versão da novela na Globo. Embora  não seja tão conhecido quanto a novela, o filme é bem produzido e representa uma oportunidade de quem não viu a novela e nem leu o livro, conhecer a história.

Contada de maneira mais breve e se atendo aos principais personagens e histórias, o filme apresenta os elementos mais importantes do livro, inclusive com cenas mais sensuais e apimentadas que não foram exibidas na novela, mas não substitui de maneira nenhuma a leitura do livro, embora seja sem dúvida uma boa opção de apresentar a história para quem não a conhece e deseja ler o livro depois.

Há muitas mudanças no filme, inclusive substituição de atores. Nacib por exemplo, que na novela é interpretado por Armando Bogus, no filme foi feito por Marcello Mastroianni. Sônia Braga está maravilhosa como sempre, tornando praticamente impossível dissociar sua imagem da imortal personagem de Jorge Amado.

Veja um fragmento do filme "Gabriela, Cravo e Canela":

Essas são as dicas da semana. Veja a novela atual, procure cenas da primeira versão, leia o livro, veja o filme... Afinal de contas seja qual for o formato, ninguém resiste a ela: Gabriela!

ENTREVISTA: FÁTIMA FREIRE, UMA ATRIZ COMPLETA!

A entrevistada de hoje é a querida atriz Fátima Freire. Natural de Curitiba, ela foi para o Rio de Janeiro aos 19 anos batalhar pelo sonho de ser atriz. E deu certo! Fátima tem uma longa carreira  no teatro, cinema e televisão e já participou de novelas de muito sucesso, sendo que uma de suas personagens mais famosas, que está presente na memória do público ainda hoje é a ciumenta Paula, da clássica "A Gata Comeu" (1985). A novela mais recente que teve Fátima no elenco é "Amor e Revolução", no ano passado. Embora ultimamente as participações de Fátima na televisão não sejam tão frequentes, ela nunca parou de trabalhar e sempre esteve no teatro. Sou um grande admirador do trabalho da atriz desde que a vi em "A Gata Comeu" e fiquei muito feliz de fazer essa pequena entrevista com ela, que fala um pouco da carreira e da grande importância da família em sua vida, entre outros assuntos. Confiram a entrevista com Fátima Freire:

SUPER TV E MAIS! -  Você começou sua carreira em Curitiba, sua cidade natal. Quando surgiu sua vontade de ser atriz e quais foram as principais dificuldades de início de carreira? Poderia falar um pouco de sua trajetória?

FÁTIMA FREIRE -  Acho que eu quis ser atriz desde criança. Aos 3 anos já me apresentava para as visitas, cantando e dançando. Na escola sempre participei de todas as peças. Aos 16 anos fui morar com a família em Genebra, na Suíça e lá me convidaram para ser modelo. Fui até capa de revista. Aos voltar a Curitiba, 1 ano depois, aos 17 anos, como morava perto da TV Paranaense, acabei convidada na rua para participar de um programa. Acabei fazendo três, inclusive um meu de entrevistas. Comecei a fazer teatro também. Aos 19 anos, depois da morte de minha mãe, vim para o Rio.

SUPER TV E MAIS! -  Todos sabemos que a profissão de ator ou atriz é uma das mais difíceis e instáveis. Em algum momento você pensou em desistir de ser atriz?

FÁTIMA FREIRE - Realmente é uma carreira instável e injusta mas nunca pensei em desistir pois estaria desistindo da minha vida, de ser feliz! A batalha faz parte da vida e não sou mulher de desistir de meus sonhos. Luto por eles! Adoro trabalhar! Quando não estou com algum trabalho de atriz, trabalho com meu sítio de eventos. Tenho uma linda família também, que é meu porto seguro e me traz muitas alegrias.

SUPER TV E MAIS! - Você fez sua primeira novela em 1975, "Cuca Legal". Depois foi emendando uma novela na outra e participou de muitas produções de sucesso, como "Senhora" (1975), "Dona Xepa" (1977) e "Cabocla" (1979). Como surgiu a chance de ingressar na televisão e como foi a experiência de participar dessas novelas que hoje são consideradas clássicos de nossa teledramaturgia?

FÁTIMA FREIRE - Quando cheguei ao Rio aos 19 anos, morei com uma amiga atriz que já trabalhava e ela me levou à Globo e comecei a fazer programas de linha de Show. "Satiricom", "Planeta dos Homens", "Viva o Gordo" e etc.

Em 1975 fiz um teste com o famoso Ziembinsk e recebi meu primeiro papel numa novela, "Cuca Legal". Daí vieram várias. Tenho o maior orgulho e alegria de ter participado de novelas tão importantes, de clássicos da nossa dramaturgia.

Fátima com Edwin Luisi em "Dona Xepa" (1977) e com Roberto Bomtempo na primeira versão de "Cabocla" (1979)

SUPER TV E MAIS! - Em 1978 você participou da novela "Gina", onde contracenou pela primeira vez com Christiane Torloni, que vivia a protagonista. Infelizmente a novela não fez muito sucesso e hoje é meio esquecida, mas eu li o romance de Maria José Dupré, em que a história é baseada e gostei muito. Depois disso sempre tive muita curiosidade sobre esse folhetim. Você pode falar um pouco sobre "Gina" e como foi participar dessa novela?

FÁTIMA FREIRE - "Gina" era uma novela interessante mas não obteve muito sucesso. Foi um trabalho difícil para nós que éramos muito jovens e tivemos que fazer passagem de tempo e envelhecer. Começávamos com 17 anos, Christiane e eu, e a novela dava um pulo de 20 anos. Fazíamos mães de atrizes de nossa idade. Era uma loucura! Tinha dia que tínhamos que segurar o riso! Mas foi uma grande experiência!

SUPER TV E MAIS! - Você também participou de muitas peças de sucesso e atuou em vários filmes na década de 1970. Para você como atriz há muitas diferenças entre cinema, TV e teatro? Você tem preferência por algum dos gêneros?

FÁTIMA FREIRE - Para mim não importa o veículo, gosto é de viver personagens interessantes e que me instiguem.

Fátima Freire viveu a personagem Zelinda em "Gina" (1978).

SUPER TV E MAIS! - Em 1985 você atuou em uma das novelas de maior sucesso da Globo até hoje, "A Gata Comeu", de Ivani Ribeiro. Como foi participar desse grande sucesso e quais as principais lembranças que você guarda dessa novela?

FÁTIMA FREIRE - Fazer "A Gata Comeu" foi delicioso em todos os sentidos! Era um elenco maravilhoso com uma estória deliciosa, divertida! Foi um enorme sucesso, repetida já 2 vezes e que encantou várias gerações. Até hoje me param na rua por causa da Paula, meu personagem.

SUPER TV E MAIS! - Você a considera seu trabalho preferido na televisão?

FÁTIMA FREIRE - Não é meu melhor trabalho mas um dos melhores. Considero "Maria do Cais", um especial da rede Manchete, em que eu fazia uma mulher pobre que usava seus dons para ganhar dinheiro. Ela recebia uma pomba gira e se transformava. Foi um trabalho muito forte.

Com Nuno leal Maia em "A Gata Comeu" (1985), onde Fátima viveu Paula, uma de suas personagens mais queridas.

SUPER TV E MAIS! - Há alguém do elenco de "A Gata Comeu" com quem você mantém contato até hoje?

FÁTIMA FREIRE - Infelizmente não. A não ser pelo face, algumas vezes.

SUPER TV E MAIS! - Depois de "A Gata Comeu" você fez novelas na Manchete, na Bandeirantes e na Globo, mas passou bastante tempo afastada da TV até voltar para valer no ano passado na novela "Amor e Revolução" do SBT. Por que você ficou longe da televisão por tanto tempo?

FÁTIMA FREIRE - Nunca parei de trabalhar. Quando não fazia uma novela inteira, fiz participações e estive o tempo todo fazendo teatro. Morei por 2 anos na Califórnia também.

SUPER TV E MAIS! - Como foi participar de "Amor e Revolução", a primeira novela a se passar do começo ao fim na época da Ditadura Militar do Brasil?

FÁTIMA FREIRE -  Tive um imenso prazer em participar deste trabalho. Acho que foi muito importante trazer a tona este período negro da história do Brasil. Muita gente esqueceu e a juventude conhece pouco. Meu pai, um cientista brasileiro, que era de esquerda, foi perseguido e sofri quando crianças os reflexos da ditadura.

Em "Amor e Revolução" (2011).

SUPER TV E MAIS! - Como é a sua vida no dia a dia? O que você mais gosta de fazer quando não está trabalhando?

FÁTIMA FREIRE - Tenho filhos, netos, um casamento lindo de 30 anos. Gosto de ler, sair com amigos, ver bons filmes. Tenho um sítio de festas, que toma muito do meu tempo também. Fazemos vários eventos.

SUPER TV E MAIS! - Você acompanha alguma telenovela exibida atualmente? Com quais autores gostaria de trabalhar?

FÁTIMA FREIRE - Só vejo novela para ver os trabalhos dos amigos, mas não sigo. Já trabalhei com autores maravilhosos . Acho todos excelentes.

Fátima Freire com sua família, que é seu porto seguro, como ela mesma diz.

SUPER TV E MAIS! - Você participa de alguma rede social como Twitter ou facebook para manter contato com o público que admira o seu trabalho?

FÁTIMA FREIRE - Participo do Facebook.

SUPER TV E MAIS! - Você tem algum novo projeto na TV, cinema ou teatro do qual possa falar?

FÁTIMA FREIRE -  Tenho aprimorado minhas aulas de canto, pois pretendo participar de um musical. Tenho projetos para o ano que vem  mas ainda não quero adiantar nada.

SUPER TV E MAIS! - Para encerrar, deixe sua mensagem para os leitores.

FÁTIMA FREIRE - Agradeço a todos pelo carinho e atenção! Um beijo enorme!

GABRIELA VOLTOU MAIS OUSADA E SENSUAL

Sônia Braga e Juliana Paes, as duas Gabrielas.

Assistindo os primeiros capítulos de "Gabriela", percebemos que essa versão é diferente da primeira. Primeiro porque em 1975 as novelas eram bem mais comedidas por causa da censura e também porque não dá para comparar a linguagem televisiva e o ritmo das novelas de hoje com as de 37 anos atrás. Muita coisa mudou, pois numa época em que temos o mundo em nossas mãos com um clique no computador, as novelas precisam acompanhar essas mudanças. Não é necessário ter visto a primeira versão para concluir que essa está mais rápida, não só pelo número menor de capítulos, mas por causa do ritmo exigido pelo público atualmente: acontecimentos rápidos e capítulos mais ágeis. Os capítulos iniciais de "Gabriela" foram exatamente assim.

Walcyr Carrasco apostou em cenas mais ousadas, cheias de sensualidade e violência para chamar a atenção do público para essa nova versão da novela. O primeiro capítulo teve algumas cenas de nudez, com direito a seios de fora de Leona Cavali, a Zarolha e Juliana Paes, a Gabriela, que já protagonizou uma cena forte de sexo no capítulo 1. Essas cenas seriam impensáveis na primeira versão e fazem lembrar um pouco "Xica da Silva" (1996), novela de Carrasco famosa pelas cenas fortes e polêmicas.

Gabriela linda e sensual em banho na fonte.

Não dá para julgar a novela com tão poucos capítulos exibidos, mas o que vi até agora foi uma boa história, com uma produção impecável e imagens belíssimas que enchem os olhos. Embora essa seja uma nova versão do livro e não caibam comparações com a novela de 1975, é quase impossível não pensar na Gabriela de Sônia Braga, que ainda hoje está no imaginário do público (quem nunca viu a famosa cena da Gabriela pegando a pipa no telhado?), mas Juliana Paes, cuja escolha foi bastante criticada por ela ser mais velha que a personagem de Jorge Amado, está bem no papel e sabe transmitir o ar ingênuo e a sensualidade da personagem com perfeição. Apesar da gratuidade de algumas cenas de nudez e sexo, feitas claramente para levantar a audiência, percebemos que ela se entrega de corpo e alma ao personagem e se esforça o máximo possível para fazer um trabalho bem feito, e está conseguindo. Acho bobagem comparar as duas Gabrielas, pois cada atriz tem sua própria versão da personagem, o importante é manter as características principais descritas por Jorge Amado no livro. Sônia Braga já aprovou a Gabriela de Juliana Paes e acredito que o público também vá aprovar. A cena de Gabriela se banhando na fonte da cidade na frente de todos, foi linda e muito bem dirigida, dígna de figurar desde já entre as cenas mais marcantes dessa nova versão.

Outra que surpreendeu foi Ivete Sangalo. Muitos esperavam que ela fizesse um péssimo trabalho por não ser atriz, mas ela está bem como a cafetina Maria Machadão. É claro que uma atriz veterana seria a escolha perfeita para uma personagem tão importante, mas Ivete aceitou o desafio sem medo e está demonstrando muita segurança e competência no papel.

Ivete Sangalo é Maria Machadão.

Destaque também para Maitê Proença, perfeita como a sofrida Sinhazinha. A belíssima trilha sonora e a abertura inspirada de Hans Donner, que fez um ótimo trabalho mais uma vez, merecem elogios.

Quase todo o elenco da novela está bem, com exceção de alguns atores que ainda não encontraram o tom certo de seus personagens. Marcelo Serrado é um que pelo jeito fará um Tonico Bastos tão chato e caricato como o Crô de "Fina Estampa". Poderiam ter escolhido outro ator, pois depois de um papel tão marcante como foi Crô, o ator tinha que ficar mais tempo afastado da TV até se desligar completamente do personagem. Outra coisa a se lamentar é o horário flexível em que a novela vai ao ar. O primeiro capítulo, exibido depois de "Avenida Brasil", teve a ótima audiência de 30 pontos, mas a partir do segundo, exibido depois das 11, a audiência começou a cair e os capítulos de quarta, exibidos depois do futebol, quase meia-noite, sem dúvida terão queda também. O horário ideal para "Gabriela" seria depois da novela das nove todos os dias, mas teremos que nos acostumar com o horário tardio se quisermos acompanhar a novela.

Resta saber se a  novela vai manter o interesse do público e fazer sucesso. Vamos aguardar os próximos capítulos!

ESPECIAL GABRIELA: A VOLTA DE UM CLÁSSICO

No ano em que se comemora o centenário de nascimento de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, Jorge Amado, nada mais justo do que homenageá-lo com uma de suas grandes obras na telinha. Quasse 40 anos depois de ser exibida, tornando-se uma das novelas mais clássicas de nossa teledramaturgia, e lançando Sônia Braga ao estrelato, "Gabriela" ganha um remake, escrito por Walcyr Carrasco, dirigido por Roberto Talma e com Juliana Paes vivendo a emblemática protagonista.

"Gabriela" será exibida às 23 horas de terça a sexta, com exceção do primeiro capítulo, que será exibido segunda, 18 de junho, depois de "Avenida Brasil". Contando com um grande elenco cheio de atores de peso, e algumas surpresas, como a participação da cantora Ivete Sangalo, que em sua primeira novela, interpretará Maria Machadão, dona do cabaré Bataclã e uma das personagens mais importantes da obra. "Gabriela" tem a missão de manter os bons índices de audiência conseguidos por "O Astro" no ano passado. 

Vamos saber mais sobre a novela?

A HISTÓRIA

A história se passa em 1925, quando várias populações  da região Nordeste são obrigadas a emigrar para outros lugares por causa de uma grande seca. Uma dessas pessoas é Gabriela (Juliana Paes), moça pobre, ingênua e sensual, que viaja para a cidade baiana de Ilhéus em companhia do tio, que morre antes do fim da viagem. Chegando em Ilhéus, Gabriela logo começa a trabalhar como cozinheira na casa do turco Nacib (Humberto Martins), dono do bar Vesúvio, o mais movimentado da cidade. Nacib  logo se apaixona por Gabriela e os dois vivem uma linda e provocante história de amor. Gabriela é alvo dos olhares cobiçosos de muitos homens da cidade, que querem se aproveitar de sua ingenuidade para seduzí-la, despertando os ciúmes de Nacib.

Gabriela (Juliana Paes) e Nacib (Humberto Martins).

Gabriela chega em Ilhéus na mesma época em que a população resolve fazer uma procissão para os Santos Padroeiros da cidade, na esperança de finalmente a seca dar uma trégua. De um lado estão as beatas conservadoras e do outro as meninas do Cabaré Bataclã, de propriedade de Maria Machadão (Ivete Sangalo), que também querem participar da procissão, mas enfrentam a resistência das mulheres da cidade, que não suportam a ideia de mulheres da vida andando ao lado delas. Uma das meninas do Bataclã é Zarolha (Leona Cavalli), que nutre uma paixão por Nacib.

As meninas do Bataclã.

"Gabriela" aborda também a vida política de Ilhéus, que é governada pelos coronéis do Cacau, sendo o líder político, o perigoso Coronel Ramiro Bastos (Antônio Fagundes), um homem arrogante que adora ter o poder nas mãos. Ele é desafiado por Mundinho Falcão (Mateus Solano), um idealista que luta para mudar a realidade política da região e se alia à oposição, provocando a fúria de Ramiro. Os dois serão grandes inimigos.

Coronel Ramiro Bastos (Antônio Fagundes) e Mundinho Falcão (Mateus Solano).

Outra história que terá muito destaque em "Gabriela" é a de Malvina (Vanessa Giácomo), filha do Coronel Melk Tavares (Chico Diaz). Malvina é uma jovem com ideias avançadas e à frente do seu tempo, que não aceita os costumes impostos pela sociedade patriarcal, como a submissão da mulher ao homem. Também acompanharemos a história de Sinhazinha (Maitê Proença), uma mulher sofredora, casada com o violento Coronel Jesuíno (José Wilker). Ela se apaixonará pelo jovem dentista Osmundo (Érik Marmo).

Malvina (Vanessa Giácomo) e Sinhazinha (Maitê Proença).

Essas e outras histórias poderão ser vistas em "Gabriela", uma ótima história cheia de romance,  humor e sensualidade, que trará mais uma vez o sabor do universo de Jorge Amado para nossa telinha.

Vamos conhecer melhor os personagens de "Gabriela"?

PRINCIPAIS PERSONAGENS

GABRIELA (Juliana Paes) - Gabriela é uma mulher de espírito livre que nasceu para ser feliz. É dona de uma beleza encantadora e a coisa mais importante pra ela é a liberdade. Fugindo da terrível seca de 1925, ela viaja com o tio para a cidade de Ilhéus, mas ele não chega ao fim da viagem e morre no meio do caminho. Mas Gabriela, que é uma mulher forte e determinada, não desiste facilmente das coisas e segue viagem. Ao chegar em Ilhéus, ela logo começa a trabalhar como cozinheira na casa de Nacib e os dois se apaixonam. O jeito ingênuo de Gabriela conquista vários homens da cidade, mas seu verdadeiro amor é Nacib.

NACIB (Humberto Martins) - Nacib é o proprietário do bar Vesúvio, o mais movimentado da cidade, e frequentador do cabaré Bataclã. Tem um xodó especial por Zarolha (Leona Cavali), uma das meninas do Bataclã. Sua vida muda ao conhecer Gabriela, sua cozinheira, por quem se apaixona perdidamente, pois é conquistado pelo jeito ingênuo e sensual da moça. Os dois vivem um romance, mas Nacib é muito ciumento.

MARIA MACHADÃO (Ivete Sangalo) - Maria Machadão é a cafetina dona do Bataclã, o movimentado cabaré de Ilhéus. Extrovertida e alegre, é sempre autoritária com as "meninas" quando necessário, mas tem um bom coração e é muito generosa. Tem um grande carinho por Zarolha, sua protegida. Nos primeiros capítulos desafiará as beatas da cidade para que ela e suas meninas tenham o direito de participar da procissão em busca de chuva.

CORONEL RAMIRO BASTOS (Antônio Fagundes) - Líder político da região, é um homem com sede de poder. Autoritário, egoísta e muito malvado, não se importa de usar métodos violentos para conseguir o que quer. É pai de Tonico (Marcelo Serrado). Ficará furioso ao ser desafiado por Mundinho Falcão e os dois serão inimigos.

MUNDINHO FALCÃO (Mateus Solano) - Vindo do Rio de Janeiro, Mundinho é solteiro e cheio de novas ideias contra o coronelismo. Suas ideias não serão bem aceitas pelo Coronel Ramiro e os dois serão inimigos. Mundinho se aproximará de Jerusa (Luíza Valdetaro), neta do Coronel e se apaixonará de verdade por ela.




TONICO BASTOS (Marcelo Serrado) - Filho de Ramiro, Tonico é dono de um cartório e vive jogando charme para várias mulheres da cidade, sendo um dos principais frequentadores do Bataclã. Terá uma verdadeira obsessão por Gabriela e tentará conquistá-la. É casado com a ciumenta Olga (Fabiana Karla) e vive inventando desculpas esfarrapadas a ela, que acredita em tudo.

MALVINA (Vanessa Giácomo) - Filha do Coronel Melk Tavares (Chico Diaz), Malvina é bela, jovem e tem um espírito independente. Ela não aceita as regras impostas pela sociedade da época e vive enfrentando seu pai e defendendo mais liberdade para as mulheres, pois não quer ter o mesmo destino de sua mãe Marialva (Bel Kutner), que é muito submissa ao marido e o obedece cegamente em tudo.

SINHAZINHA (Maitê Proença) - Casada com o Coronel Jesuíno (José Wilker), um homem grosseiro e violento, Sinhazinha é devota fervorosa de São Sebastião e sempre ajuda o Padre Cecílio (Frank Menezes) na Igreja. Ela é uma mulher delicada, que sofre muito com a frieza do marido, pois ele sequer a beija na boca. Ela se apaixona pelo jovem dentista Osmundo (Érik Marmo) e os dois vivem um lindo romance.

O QUE ACONTECE NOS DOIS PRIMEIROS CAPÍTULOS

SEGUNDA, 18 DE JUNHO


Ramiro e seus jagunços invadem a mata e se apropriam das terras de Ilhéus, expulsando moradores da região. Há uma passagem de tempo. Gabriela e seu tio seguem em direção a Ilhéus em busca de uma vida melhor. Tonico Bastos demonstra interesse por Zarolha. Nacib diz a Ezequiel que nunca encontrou mulher como Zarolha. Maria Machadão repreende Zarolha ao perceber que ela está apaixonada por Nacib. Nacib fica furioso ao saber que sua cozinheira Filomena deixará Ilhéus. Ramiro Bastos encomenda a padre Cecílio uma procissão para ajudar a fazer chover em Ilhéus. Nacib pede ajuda a Quinquina e Florzinha para fazer os quitutes do Vesúvio e o jantar para a Associação Comercial. Zarolha pede a Nacib que converse com o padre sobre a participação das meninas do Bataclã na procissão. O tio de Gabriela não sobrevive e ela segue viagem com Clemente e Fagundes. Arminda sugere a Nacib que procure cozinheira no mercado de retirantes. Nacib vê Gabriela.

TERÇA, 19 DE JUNHO

Nacib leva Gabriela para ser sua cozinheira. Olga e os filhos acordam Tonico Bastos, que finge ter trabalhado até tarde no cartório. Conceição aconselha Olga a ficar de olho no marido. Gerusa pede à mãe e à tia para não discutirem. Maria Machadão convoca suas meninas a bordarem o manto para a procissão. Pelópidas diz a Douglas que a única forma de ele ter um jornal diário é pedindo dinheiro para Ramiro Bastos. Gabriela surpreende as beatas de Ilhéus ao se banhar na fonte da praça, deixando os homens encantados. Glória cumprimenta Doroteia e suas amigas, mas só Sinhazinha retribui a saudação. Coriolano avisa a Ezequiel que Glória é sua amante. Ramiro não dá dinheiro a Pelópidas para o jornal de Douglas. Zarolha se nega a ficar com Nacib ao saber que ele não falou com o padre sobre a presença das meninas do Bataclã na procissão. Nacib observa Gabriela dormindo.

Para ler o resumo dos outros capítulos e saber mais sobre "Gabriela", clique aqui e entre no site oficial da novela.

Clique aqui para ver um clipe especial com cenas de "Gabriela".

"Gabriela" estreia hoje depois de "Avenida Brasil". Fique de olho!

RECORDANDO: OS 35 ANOS DA NOVELA ESPELHO MÁGICO

Glória Menezes, Tarcísio Meira e Sônia Braga.

Essa semana no dia 14 de junho, fez 35 anos da estreia da novela "Espelho Mágico". Escrita por Lauro César Muniz e dirigida por Daniel Filho, Gonzaga Blota e Marco Aurélio Bagno, a novela foi exibida no horário das 20 horas entre 14 de junho e 5 de dezembro de 1977, em 150 capítulos.

Depois do sucesso de "O Casarão" (1976),  Lauro César Muniz apresentava ao público outra novela de estrutura ousada e inovadora. Usando metalinguagem "Espelho Mágico" mostrava os bastidores da TV, teatro e cinema, e a rotina de atores, autores, diretores e jornalistas, através da história do casal de atores Diogo Maia (Tarcísio Meira) e Leila Lombardi (Glória Menezes), protagonistas da novela fictícia "Coquetel de Amor", ou seja, era exibida uma "novela dentro da novela". Além  de "Coquetel de Amor", "Espelho Mágico" mostrava ainda os bastidores da montagem da peça teatral "Cyrano de Bergerac".

"Coquetel de Amor" era escrita pelo autor Jordão Amaral (Juca de Oliveira), que era apaixonado por Leila, sua ex-mulher e fazia declarações através do texto escrito para a personagem dela em "Coquetel de Amor". O casamento de Leila e Diogo entra em crise por causa de Cynthia (Sônia Braga), uma jovem e ambiciosa atriz que quer alavancar sua carreira e também por culpa de Beatriz (Lídia Brondi), filha de Leila que não gosta de Diogo.

Anúncio da novela.

"Espelho Mágico" apresentava uma complexa estrutura narrativa intercalando situações vividas pelos personagens na "vida real" e na novela "Coquetel de Amor". A novela também mostrou depoimentos do elenco sobre a profissão de ator.

Outros destaques do elenco de "Espelho Mágico" foram Lima Duarte, Yoná Maglhães, Djenane Machado, Carlos Eduardo Dolabella, Mauro Mendonça e outros grandes nomes. A novela foi a primeira de Tony Ramos e Vera Fischer na Globo.

Lídia Brondi, Tarcísio Meira e Glória Menezes na capa da Revista "Amiga". Na foto da direita Tony Ramos e Lídia Brondi.

O autor Lauro César Muniz conta por email que a novela é uma de suas preferidas e revela algo que muitos  talvez não saibam: "Espelho Mágico é uma das minhas novelas mais queridas. Como um filhote dileto, de cabeça privilegiada. Mas um amigo que trabalha na emissora, me contou que não existe mais a novela. A TV Globo apagou! Há muitos anos. Deixou apenas algumas cenas para arquivo", diz ele.

"Espelho Mágico" é muito lembrada até hoje pelas inovações apresentadas no gênero telenovela e sem dúvidas terá sempre um lugar de destaque na história de nossa teledramaturgia.

Confira a abertura de "Espelho Mágico":

Veja também uma chamada de estreia da novela:

E algumas cenas do último capítulo, incluindo o discurso final do palhaço Carijó (Lima Duarte):

Com informações do livro Guia Ilustrado TV Globo: Novela e Minisséries e do site memoriaglobo.com.br

TRILHAS MARCANTES: A GATA COMEU INTERNACIONAL

Na estreia da seção "Trilhas Marcantes", onde vamos recordar trilhas sonoras clássicas de novelas e filmes de sucesso, temos "A Gata Comeu", grande sucesso de Ivani Ribeiro exibida em 1985 e reprisada duas vezes no "Vale a Pena Ver de Novo". Me apaixonei por essa novela ao ver a reprise de 2001 e a considero uma das melhores que já assisti. 

Capa da trilha internacional de "A Gata Comeu".

Lembro que a trilha sonora da novela me marcou muito, principalmente a trilha internacional, recheada de grandes sucesso, que já recomendei uma vez aqui no blog. Aproveitando que estou revendo a novela em DVD e que essa semana ela está sendo o destaque do quadro "Novelão da Semana" no "Vídeo Show",  vamos recordar a trilha internacional dessa grande novela. Espero que gostem de ver os clipes e relembrar essas ótimas músicas.

Essas são as faixas do disco internacional de "A Gata Comeu":

1 - I Should Have No Better - Jim Diamond - Tema de Lenita (Deborah Evelyn) e Edson (José Mayer)

2 - The Heat Is On - Gleen Frey - Tema de Tito (Jayme Periard) e Babi (Mayara Magri)

3 - Crazy For You - Madonna - Tema de Alice (Sônia Regina)

4 - Smoth Operator - Sade

5 - Everything I Need - Man At Work - Tema de Fábio (Nuno Leal Maia)

6 - Heaven - Bryan Adams - Tema de Babi (Mayara Magri)

7 - Dillo Tu - Fred Bongusto - Tema de Vitório (Laerte Morrone) e Ivete (Nina de Pádua)

8 - Brasileiro Train - Naima e Papagaio - Tema de Oscar (Luiz Carlos Arutin)

9 - I Was Born To Love You - Freddie Mercury - Tema de Tony (Roberto Pirillo)

10 - Everytime You Go Away - Paul Young - Tema de Paula (Fátima Freire)

11 - Just Another Night - Mick Jagger - Tema de Jô (Christiane Torloni)

12 - Forever By Your Side - Manhattans - Tema de Jô (Christiane Torloni) e Fábio (Nuno Leal Maia)

13 - We Can Change The World - Tremendo - Tema das crianças

14 - Lovely Love - Terry Winter and Silvia Massari - Tema de Vicente (Germano Filho) e Zazá (Aracy Cardoso)

15 - Caribe - W. White - Tema de Gláucia (Bia Seidl)

Fonte: site memoriaglobo.com

Que outras trilhas de novelas vocês gostariam de ver na Seção "Trilhas Marcantes"?